Uma historinha cheia de mutilações, traição e tragédias. Essa é a atmosfera da narrativa escrita pelo dinamarquês Hans Christian Andersen no século 19 e que virou um dos clássicos dos contos de fadas em versões amenizadas, como a da Disney. Na história original, há sangue para transformar sua cauda em duas pernas, mas a cada tentativa de andar como uma humana elas doíam e sangravam para os lados. A pequena sereia chamada Ariel deseja se tornar humana para poder conquistar o príncipe por quem se apaixonou. Na sua sina, teve a língua cortada pela Bruxa do Mar e tentou fazê-la sofrer bastante. Para piorar, o tal príncipe a menosprezou e preferiu casar com outra. Quando Ariel vê o príncipe casar-se com outra e entra em desespero. Oferecem-lhe uma faca com a qual ela poderia matá-lo, mas, em vez disso, rejeitada, não lhe restou alternativa a não se matar pulando no abismo. Até o próprio Andersen achou que pegou pesado demais e mudou o final. Na versão amenizada, em vez de cometer suicídio, a pequena sereia transforma-se em espuma do mar. Em outra versão ela se torna “filha do ar”, esperando ir para o céu. De qualquer forma, ela morre.
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