Contos de Ernane Martins

quarta-feira, 26 de outubro de 2016

Origem dos contos de fadas. A história sangrenta de Chapeuzinho Vermelho



1. ERA UMA VEZ…

A maioria dos contos de fadas, como Chapeuzinho Vermelho, surgiu por volta da Idade Média, em rodas de camponeses na Europa, onde eram narrados para toda a família. “A fome e a mortalidade infantil serviam de inspiração”, diz a especialista em histórias infantis Marina Warner, da Universidade de Essex, na Inglaterra

2. COMIDA DE VÓ

Numa versão francesa da história, após interrogar Chapeuzinho na floresta e pegar um atalho para a casa da vovó, o lobo mata e esquarteja a velhinha sem dó.A coisa piora quando o vilão, já fingindo ser a vovó, oferece a carne e o sangue da vítima, como se fosse vinho, para matar a fome da netinha – que come e bebe com gosto!

3. TIRA, TIRA…

Após encher o bucho e praticar canibalismo sem saber, Chapeuzinho ainda tira a roupa e joga no fogo,a pedido do lobão! O clima, porém, não é nada infantil, com a garota perguntando o que fazer com a roupa a cada peça tirada. O lobo só tinha uma resposta: “Jogue no fogo, minha criança. Você não vai mais precisar disso…”

4. SEDUÇÃO INFANTIL

Ao se deitar ao lado do lobo, já totalmente nua, Chapeuzinho começa a reparar no físico do vilão, como se desconfiasse de algo. Admirada,a menina começa a exclamar: “como você é peluda, vovó”, “que ombros largos você tem” e “que bocão você tem”, entre outros elogios à anatomia do bichão…

5. FINAL FELIZ

Ao fim da versão francesa, Chapeuzinho, sentindo-se ameaçada, pede para sair e fazer suas necessidades fora da casa. O lobo, nojentão, insiste para que ela faça xixi na cama mesmo mas acaba deixando a menina sair. Esperta, Chapeuzinho aproveita o vacilo do vilão e escapa.

6. FINAL SANGRENTO ALTERNATIVO

O francês Charles Perrault foi o primeiro a pôr muitos contos de fadas no papel, no século 17. Ele tornou o final da história mais sangrento – com o lobo jantando a mocinha – e introduziu a famosa moral da história, dizendo que “crianças não devem falar com estranhos para não virar comida de lobo”

7. FINAL AMENIZADO

No século 19, os irmãos alemães Jacob e Wilhelm Grimm, famosos compiladores de contos que até então só eram transmitidos oralmente, inventaram a figura do caçador. No fim da história, ele aparece e salva a pele de Chapeuzinho e da vovó, abrindo a barriga do lobo com um tesourão

Fonte: Mundo Estranho

sábado, 22 de outubro de 2016

Príncipe, Silvio Santos e eu


Escrevo já faz algum tempo Perdi a conta até. Durante algum tempo da minha vida, achava que não era capaz de escrever alguma coisa que as pessoas gostassem. Sempre esbarrei na falta de fé e confiança. Mas essa fase passou e eu lancei um livro, Brisa e Vendaval, e agora publiquei um outro, O Tesouro de Eugênio. 

Mais uma vez achei que as coisas iam dar erradas pra mim. As vezes tenho a impressão que sou meio perseguido pela falta de sorte. Todo vez que penso em sair de casa para vender o meu livro, alguma coisa acontece de errado. Dessa vez pensei que ia chover ou ia acontecer alguma coisa com o meu irmão, Aldir, Di para os íntimos, e ele não me levaria a Feira do Príncipe. 

O domingo amanheceu cinzento. O sol pintou e depois desapareceu entre as nuvens quando estava me arrumando. Já pensei que ia chover. O meu irmão também estava demorando um pouco para chegar e comecei a pensar na minha falta de sorte. 

quarta-feira, 19 de outubro de 2016

O Incrível comercial alemão

Estudantes alemães gravam vídeo incrível, uma propaganda que parece coisa de cinema. "Querido irmão" é uma história comovente e tocante sobre dois irmãos que visitam os lugares que marcaram a juventude de ambos. As belas paisagens da Escócia, a trama e o final inesperado não deixarão ninguém indiferente

 

sábado, 15 de outubro de 2016

Noiva se atrasa e noivo resolve dar show

 Adlam Cruz é um músico bastante talentoso. Estava em seu casamento, a noiva estava se atrasando. Invés de ficar irritado, o que ele fez? Resolveu dar um show ao piano. No final do vídeo dá vontade de dizer:

- AVISA PRA NOIVA AGUENTAR MAIS UNS.....50 MINUTOS LA FORA.....


quinta-feira, 13 de outubro de 2016

5 fotos que mostram que há esperança no mundo

Neste mundo de guerras, violência e discriminação é muito importante continuar mantendo o sentimento de compaixão, sabendo ajudar em situações que exigem isso. Não importa qual país seja, mesmo o menor ato de bondade pode lhe dar mais amor e alegria do que todas as riquezas do mundo.

Divido com você 5 lindos exemplos de bondade ao redor do mundo. Fonte: Incrível.club


Em um metrô canadense uma catraca quebrou e não havia empregado. Isso foi o que deixaram os passageiros na entrada do metrô.



Um dia Vadim, de 12 anos, da cidade de Minusinsk encontrou na frente de sua casa um pequeno pardal. Sendo uma criança responsável e solidária, cuidou do passarinho e o resgatou. Agora o pardal chamado Abby não larga seu salvador, nem por um minuto.



Este homem deu seu calçado a uma menina de rua do Rio de Janeiro.



Um bombeiro dá água para um coala durante os incêndios florestais.



10 mil pessoas se reuniram na rua em frente da casa de Delaney Brown, de 8 anos, para cantar canções de Natal. A menina foi diagnosticada com leucemia mielóide.

sábado, 8 de outubro de 2016

Tesouro de Eugênio 1ª Capítulo

Esse é o meu primeiro capítulo do  meu livro, O Tesouro de Eugênio.

Abrem-se as cortinas

Todos estavam falando que o Brasil ia sediar pela primeira vez na história a Copa do Mundo de Futebol. Um tal de Jules Rimet queria ressuscitar a competição que já tinha sido realizada em três ocasiões antes da guerra. Como a Europa estava em ruínas, o Brasil se ofereceu para sediar o evento, contanto que o torneio fosse realizado em 1950.

− Mas o que é a Copa do Mundo de Futebol? – perguntou Eugênio. 

O seu Toninho da mercearia explicou que se trata de uma competição que reúne as melhores seleções do planeta. Todos querem ganhá-la. Os jogadores atuam com raça, fibra e disposição. O país vencedor recebe uma taça de ouro e desfruta da glória de não haver no mundo uma equipe melhor que ela. 

− E o Brasil vai participar dessa competição?

− Vai sim, meu filho – respondeu Toninho com excitação. 

− Que bacana! E o Brasil tem chance de ganhar a taça de ouro?

− Muitas, meu filho! Os europeus ainda não sabem, mas aqui se pratica o melhor futebol do mundo!

Mas para fazer bonito ao sediar uma competição tão importante, o Brasil precisava construir um estádio grande, moderno e funcional. E depois de um debate acirrado para escolher o melhor local, as autoridades decidiram construir o estádio na zona norte da cidade, num terreno baldio que servia de área de lazer aos moradores da região, perto de um rio de nome Maracanã. 

− No terreno que será erguido o Estádio Municipal funcionava o Derby Club – comentou seu Castro.

− Derby Club? – perguntou Eugênio, que o ajudava na quitanda. 

− O Derby Club era uma antiga arena de corrida de cavalos. Depois a sede se mudou para a Gávea, e o terreno da Tijuca foi esquecido. Anos mais tarde, deu origem ao Jockey Club. 

− Eu nunca fui a esse tal Jockey Club – disse Eugênio meio tristonho. 

− Qualquer dia eu te levo para conhecê-lo.

Seu Castro não demorou a cumprir a promessa. Foram ao Jockey Club num domingo à tarde. Eugênio entrou no hipódromo a passos rápidos. Achou lindas as arquibancadas, principalmente a do setor social, cujos frequentadores se encontravam elegantemente trajados. Depois contemplou longamente a pista, cercada pelo verde das montanhas, tendo à direita, ao fundo, o morro do Corcovado e o Cristo Redentor. Quando as corridas começaram, ele torceu e vibrou pelo cavalo de sua preferência igual aos outros espectadores. 

Mas, passado o encantamento inicial e no intervalo de uma corrida para outra, algo lhe chamou atenção. Havia um homem operando um equipamento esquisito, às vezes colocando o olho num buraquinho e girando uma manivela ritmicamente. Eugênio se aproximou interessado em descobrir o que era aquilo. 

As Aventuras de um Candidato a Vereador



Em toda eleição, após a apuração, tevês e jornais só mostram os candidatos vencedores, a trajetória de vida, o que fizeram para ganhar o pleito, como o candidato com 5% das intenções de votos terminou a eleição com 53% e venceu no primeiro turno.

Muito pouco se sabe dos candidatos derrotados, dos milhares de vereadores que perderam a eleição, dos candidatos com poucos recursos que não tiveram cabos eleitorais e dinheiro de empresários ou do partido para bancar sua própria campanha. 

Vou contar as aventuras do meu irmão, Aldir, que se encaixa no perfil de candidato sem recurso. Ele foi candidato a vereador na cidade de Araquari, Santa Catarina, cidade vizinha de Joinville. Ele é mais conhecido politicamente como Prof. Aldir, trabalha como professor de História no colégio Higino Aguiar. Mas, em meio a família e amigos, chamamos o Prof. Aldir de Di. Apelido que carrega desde a infância. 

Então, como você ia lendo, ele foi candidato a vereador. Como ele não tinha cabos eleitorais e ninguém para apoiá-lo, com a cara e com a coragem, ele saiu a rua para pedir votos. Batia palmas nas casas, apresentava-se e entregava o santinho do tamanho do cartão de crédito. Mas muita gente que mora em Araquari é pedicheiro, gosta de trocar seu voto por carrada de barro, cesta básica, pagamento de conta de luz etc. Mas o Di não entrou na política para fazer as mesmas coisas que outros fazem e se tornar um político corrupto. 

Só para não dizer que não trabalhou sozinho nessa campanha, pagou um haitiano para entregar santinho para ele, por 35 reais e por um dia. O sujeito estava desempregado e meu irmão resolveu ajudá-lo um pouco. 

sábado, 1 de outubro de 2016

Errar é "Umano"


Desde pequena, Nice era assim, não suportava ver as pessoas falando errado. Ouvir alguém maltratando o português era como se tivesse levando uma facada. Ela não conseguia se controlar e sempre acabava as corrigindo. 

Ela sabia que isso poderia criar problema, ser avaliada como chata. super certinha, sem educação. Mas isso era mais forte do que ela. Quando alguém dizia "futibol", ela corrigia logo: 

- Não se diz futibol, animal, se diz futebol!

Um dia, ela arranjou um namorado, Adalberto, que era tudo de bom. Carinhoso, dedicado e super atencioso. Mas ele tinha um defeito, o maior que poderia existir para ela. Ele tinha pouca escolaridade e vivia maltratando o português.

A convivência foi se tornando difícil. Ela não conseguia se controlar e vivia corrigindo o namorado a toda hora, em todos os lugares, na frente de amigos e de desconhecidos. Porém, ela gostava do Adalberto e de sentir o corpo escaldante dele debaixo do edredom.

Foi então que eles foram convidados para jantar na casa do patrão de Nice. Tudo corria bem. Adalberto, ouvindo os conselhos de Nice, mantinha  a boca a maior parte do tempo fechada. Lá pelas tantas, Adalberto soltou o carangueijo.

Nice protestou:

- Adalberto, o certo é caranguejo e não carangueijo!

E continuou: 

- Algumas pessoas tem o direito de serem burras, mas algumas abusam do privilégio. Vocês não acham? - perguntou ao patrão e a esposa.

Ah, para que ela fui dizer isso? Essa foi  a gota d'água. Adalberto foi embora na mesma hora. Disse, mais tarde,  falando o mais erradamente possível,  que não suportava viver ao lado de uma criatura que tinha mania de perfeição e que corrigia as pessoas o tempo todo. 

Nice queria continuar sentindo o corpo escaldante dele debaixo do edredom, de boca fechada, claro. Mas Adalberto não quis mais saber dela e colocou fim no namoro. 

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